Quem estuda para concursos muito provavelmente já ouviu falar da metáfora do lenhador. A primeira vez que ouvi foi com o mestre Luiz Flávio Gomes, criador do curso LFG e um dos professores mais queridos no meio, falecido no ano passado. Eis aqui a história contada por ele:
“Um jovem lenhador desafiou seu velho mestre sobre quem teria mais domínio e habilidade no uso do machado. Tratava-se de executar o corte de várias árvores. E entre uma árvore e outra derrubada, o rapaz olhava para o mestre, a uma certa distância, e na maior parte das vezes o via sentado. O jovem lenhador voltava às suas árvores, certo da vitória, sentindo até um pouco de piedade pelo velho mestre. No final do dia ele vê que o mestre tinha cortado muito mais árvores que ele.
– Mas como é que pode?, disse o jovem, intrigado. Quase todas as vezes em que olhei, você estava descansando!
– Não, meu filho, eu não estava descansando. Eu estava afiando o machado. Foi por isso que você perdeu a competição.
Não é difícil entender por que os professores de cursinhos gostam tanto de repetir essa metáfora. Quem nunca ouviu a manjada fórmula “HBC” horas-bunda-cadeira? Quem começa a estudar acha que o conhecimento é diretamente proporcional às horas de estudo. Mas não é tão simples assim. Estudar exige método e pausas. Estudar de forma atabalhoada só vai prejudicar seu rendimento.
Por isso a importância de afiar o machado. De ter um método, organização, técnicas de estudo. Vamos falar sobre várias delas à frente. E é claro que isso pode (e deve) variar de pessoa para pessoa. Afinal, somos diferentes.
Mas não vamos nos enganar. Vamos ter que passar sim intermináveis HBC, mas muitas mesmo. Mas, antes, não se esqueça de afiar o machado. Aproveite o início do ano para repensar sobre seus métodos. Ver o que fez de errado no ano passado, sua performance, seus acertos. Essa parada estratégica é fundamental para conseguir manter o ritmo e o eixo nos estudos. Quanto mais afiado o machado, mais consistente serão seus estudos.
Comentários
Postar um comentário